terça-feira, 15 de setembro de 2009

"Mamae, eu quero"

Mamãe, eu quero

Mamãe eu quero, mamãe eu quero
Mamãe eu quero mamar!
Dá a chupeta, dá a chupeta, ai, dá a chupeta
Dá a chupeta pro bebê não chorar!

Dorme filhinho do meu coração
Pega a mamadeira em vem entra no meu cordão
Eu tenho uma irmã que se chama Ana
De piscar o olho já ficou sem a pestana

Eu olho as pequenas, mas daquele jeito
E tenho muita pena não ser criança de peito
Eu tenho uma irmã que é fenomenal
Ela é da bossa e o marido é um boçal


Mamae, eu quero (Vicente Paiva & Jararaca) - Fafa Lemos e sua Orquestra(1954)
clique aqui!

Mamae, eu quero (Vicente Paiva & Jararaca) - Lucinha Lins(2003)

Mamae, eu quero (Vicente Paiva & Jararaca) - Carmen Miranda



A CANÇÃO CONTADA

“Mamãe, eu quero” foi gravada originalmente na Odeon em 1936, por Jararaca e lançada em 78 rpm. Almirante, admirador e amigo de Jararaca, foi quem fez o papel da "mãe" no diálogo inicial, criado com a única finalidade de aumentar o tempo da gravação clique aqui!.

Outras gravações conhecidas são as de Carmen Miranda (1939), Almirante (no rádio, 1946), Blecaute, A Banda do Pixinguinha (1967), Lyra de Xopotó, Marlene com Blecaute & Nuno Roland (1968), Wilson Simonal (1969), Altamiro Carrilho e Sua Bandinha, Coro popular de Samuel Rosemberg, Sílvio Caldas (1973), Banda do Canecão (1973), Banda de Ipanema (1977), Banda do Touguinha (1977), Gilberto Gil (1978), As Melindrosas (1978), Grupo dos Foliões (1978), A Patotinha (1978), Os Disconautas (1978), Samba Livre (1978), Os Versáteis, Rebels, A Grande Banda do Chopp (1979), Flabanda (1980), Banda Carnavalesca Cidade Maravilhosa (1981), Bloco Pierrôs & Colombinas (1981), Astrud Gilberto (1982), Banda Carioca, A Banda da Alegria (1983), Beth Carvalho (1984), Côro Oba Oba (1986), Tião Macalé (1989), Banda Rio-Copa (1991), Comando Geral, Banda da Galera, Banda Gol (1998), entre outras.

Desacreditada no início pelos próprios autores,Mamãe, eu quero” apresentou não apenas um grande êxito de crítica e de público, como também um dos primeiros sucessos da música brasileira em terras americanas. Foi levada para os EUA em 1939, pelos integrantes de uma orquestra americana que se apresentara em 1937 no Cassino da Urca. Mais tarde foi incluída no repertório de Carmen Miranda, por exigência do próprio público de lá.

Mamãe, eu quero” surgiu numa época em que a marchinha se firmava definitivamente como um dos gêneros carnavalescos por excelência. O tom irônico, humorístico e malicioso agradou em cheio aos nossos foliões.

A composição foi criada faltando apenas alguns meses para o início do carnaval de 37. Jararaca mostrou-a ao amigo Vicente Paiva, na época o diretor artístico da Odeon. A gravadora não queria que Jararaca a lançasse, alegando que ele, não sendo cantor, poderia comprometer a sua própria imagem de humorista. Para intérprete foi então escolhido Luis Barbosa, que acabou recusando, por não se tratar de uma música que lhe agradasse. Devido à pressa, a única alternativa era mesmo a interpretação de Jararaca. E foi o que aconteceu. Vicente Paiva assumiu os riscos pela gravação, que foi realizada sem ensaios prévios ou maiores requintes.

Jararaca chegou a declarar que a música foi inspirada nele mesmo, pois era um menino muito "mamão".

Mamãe, eu quero” serviu até para campanha eleitoral. Candidatando-se a uma vaga na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro pelo PCB, Jararaca compôs uma segunda versão para a música, que, segundo o jornal A Manhã, de 19 de dezembro de 1946, foi cantada a exaustão durante um comício do PCB na praia do Russel.

Extraído do “Ao chiado brasileiro”




segunda-feira, 14 de setembro de 2009

"Lavoura"

Lavoura

Quatro da manhã
Dor no apogeu
A lua já se escondeu
Vestindo o céu de puro breu
E eu mal vejo a minha mão
A rabiscar, esboço de canção
Poesia vã
Pobre verso meu
Que brota quando feneceu
A mesma flor que concebeu
Perdido na alucinação
Do amor acreditando na ilusão
Canto pra esquecer a dor da vida
Sei que o destino do amor
É sempre a despedida
A tristeza é o grão
A saudade é o chão onde eu planto do ventre da solidão
É que nasce o meu canto


Lavoura (Teresa Cristina & Pedro Amorim) - Roberta Sa & Ney Matogrosso(2005)
clique aqui!

Lavoura (Teresa Cristina & Pedro Amorim) - Teresa Cristina(2004)

Lavoura (Teresa Cristina & Pedro Amorim) - Roberta Sa & Ney Matogrosso ao vivo

domingo, 13 de setembro de 2009

"Ja passou"

Já passou

Já passou, já passou
Se você quer saber
Eu já sarei, já curou
Me pegou de mal jeito
Mas não foi nada, estancou

Já passou, já passou
Se isso lhe dá prazer
Me machuquei, sim, supurou
Mas afaguei meu peito
E aliviou
Já falei, já passou

Faz-me rir, ha ha ha
Você saracoteando daqui pra acolá
Na Barra, na farra
No Forró Forrado
Na Praça Mauá, sei lá
No Jardim de Alá
Ou no Clube do Samba
Faz-me rir, faz-me engasgar
Me deixa catatônico
Com a perna bamba

Mas já passou, já passou
Recolha o seu sorriso
Meu amor, sua flor
Nem gaste o seu perfume
Por favor
Que esse filme
Já passou



Ja passou (Chico Buarque) - Adriana Calcanhoto(1999)
clique aqui!

Ja passou (Chico Buarque) - Chico Buarque(1980)

sábado, 12 de setembro de 2009

"Imagem e semelhanca"

Imagem e semelhança

Pai do céu
Me manda alguma ajuda
A luz numa mensagem, careço de saber
Senhor, só preciso de um recado
A coisas nesta vida
Que não posso entender

Será sua imagem e semelhança
Não, meu pai do céu,
Não posso acreditar,
Não dá

Alguém inventou essa balela
A gente não merece
De longe comparar
Falta de respeito, no começo,
Nem se acha um herdeiro
Na glória de amar
Veio seu filho salvar a terra,
Tanto sacrifício,
Alguém mereceu,
Será?

Buda, oxalá ou krishna, muito amado
Nos fizeram andar
Mas resta a pergunta do começo,
Tô tanto distante de ter sido feito
A sua semelhança, pai


Imagem e semelhanca (Milton Nascimento & Kiko Continentino & Bena Lobo) - Marina Machado & Milton Nascimento(2003)
clique aqui!

Imagem e semelhanca (Milton Nascimento & Kiko Continentino & Bena Lobo) - Simone Guimaraes(2001)

Imagem e semelhanca (Milton Nascimento & Kiko Continentino & Bena Lobo) - Milton Nascimento & Simone Guimaraes & Kiko Continentino ao vivo

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

"Homem com h"

Homem com h

Nunca vi rastro de cobra
Nem couro de lobisomem
Se correr o bicho pega
Se ficar o bicho come
Porque eu sou é home
Porque eu sou é home
Menino eu sou é home
Menino eu sou é home
Quando eu estava pra nascer
De vez em quando eu ouvia
Eu ouvia mãe dizer
Ai meu Deus como eu queria
Que essa cabra fosse home
Cabra macho pra danar
Ah! Mamãe aqui estou eu
Mamãe aqui estou eu
Sou homem com H
E como sou
Estribilho
Eu sou homem com H
E com H sou muito home
Se você quer duvidar
Olhe bem pelo meu nome
Já tô quase namorando
Namorando pra casar
Ah! Maria diz que eu sou
Maria diz que eu sou
Sou homem com H


Homem com h (Antonio Barros) - Antonio Barros(1980)
clique aqui!

Homem com h (Antonio Barros) - Os 3 do Nordeste(1974)

Homem com h (Antonio Barros) - Ney Matogrosso ao vivo



A CANÇÃO CONTADA

Quem poderia supor que quase foi preciso brigar com Ney Matogrosso para que gravasse "Homem com H", do pernambucano Antônio Barros Silva? Ney disse: "No meu disco essa música não entra de jeito nenhum". Ele achava que era forçar demais a barra. Implicava com a letra jocosa e com o fato de ser forró. O cantor concorda: “Homem com H só entrou no meu disco porque o Mazzola insistiu muito. Eu achava que não sabia fazer forró.”

Foi em 1981 que Marco Mazzola - sempre político - conseguiu convencer Ney Matogrosso a por voz no forró "Homem com H", rejeitado pelo cantor num primeiro momento. A música foi hit em todo o Brasil clique aqui!.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

"Gloria"

Gloria (Bonfiglio de Oliveira) - Dilermando Reis(1971)
clique aqui!

Gloria (Bonfiglio de Oliveira) - Epoca de Ouro(1960)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

"Fato consumado"

Fato consumado

Eu quero ver você mandar na razão
Pra mim não é qualquer notícia que abala um coração
Eu quero ver você mandar na razão
Pra mim não é qualquer notícia que abala um coração
Eu quero ver você mandar na razão
Pra mim não é qualquer notícia que abala um coração
Se toda hora é hora de dar decisão, eu falo agora
No fundo eu julgo o mundo um fato consumado e vou embora
Não quero mais, de mais a mais, me aprofundar nessa história
Arreio os meus anseios, perco o veio e vivo de memória
Eu quero é viver em paz
Por favor me beije a boca
Que louca, que louca!
Eu quero é viver em paz
Por favor me beije a boca
Que louca, que louca!


Fato consumado (Djavan) - Luiz Avelar(1994)
clique aqui!

Fato consumado (Djavan) - Toque de Arte(2007)

Fato consumado (Djavan) - Djavan



A CANÇÃO CONTADA

Na segunda metade da década de 1970, com as gravações de “Fato consumado” (75),Flor-de-Lis” (76) eCerrado” (78), Djavan, um jovem negro da periferia de Maceió (AL), balançava as estruturas da música popular brasileira, trazendo para o seio da “flor amorosa” mais uma das muitas possibilidades do samba.

Era a sincopação dos anos 40 levada a extremos que nem a bossa-nova ousara. Era o samba entortado e ainda mais balançado que o do “Balanço zona sul”. Era, enfim, o samba feito para dançar. E os frutos dessa safra bendita são, até hoje, mais de 30 anos passados, presença obrigatória no repertório de qualquer bom baile (e não arrasta-pé) que se preze.

Mas esse samba radicalmente sincopado de Djavan parece que só agradava, pelo menos no Rio de Janeiro, àquela parcela da população que, por razões econômicas, de moradia e de oportunidades, permanece afastada do chamado “circuito cultural”, que vai dos aeroportos aos vernissages; dos teatros às livrarias; e que, da zona sul pra cá, chega no máximo até a Candelária. Enxergando, certamente, poucas possibilidades de mercado junto a esse público de “duros”, a indústria fonográfica transnacional, pelo que supomos, parece ter convencido Djavan a jogar seu irresistível sincopado fora para produzir uma obra mais alinhada com o pop-rock hoje hegemonicamente vigente em escala planetária. Aí, o Djavan internacionalizado chegou até Stevie Wonder, Carmen McRae, Al Jarreau e Manhattan Transfer. No que fez muito bem, também achamos. Só que nós aí, literalmente, perdemos o rebolado.

Extraído do blog “Cultura, papo e outras coisas...”, de Vicente Portela


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

"E meu, e meu, e meu"

É meu, é meu, é meu

Tudo que é seu meu bem também pertence a mim
Vou dizer agora tudo do princípio ao fim
Da sua cabeça até a ponta do dedão do pé
Tudo que é seu, meu bem
É meu, é meu, é meu
A começar pelo cabelo que coisa mais linda
Boca e sorriso igual não encontrei ainda
Seus olhinhos, que beleza
Fazem ver com mais certeza
Que tudo que é seu, meu bem
É meu, é meu, é meu
Bem baixinho em seu ouvido gosto de falar
Recostado no seu ombro gosto de sonhar
Quando seus braços me apertam
Mil idéias me despertam
Tudo que é seu, meu bem
É meu, é meu, é meu
São suas mãozinhas feitas p´ra fazer carinho
Nada tem mais charme do que o seu joelhinho
Seus pezinhos a pisar
Meu coração que a cantar
Diz que tudo que é seu
É meu, é meu, é meu
Não adianta discutir que tudo isso é meu
Por isso eu vivo a repetir
Que é meu, é meu e é meu
Tudo que eu falei meu bem
E o que eu não falei também
Tudo que você pensar
É meu, é meu e é meu


E meu, e meu, e meu (Roberto & Erasmo) - Os Carbonos(1970)
clique aqui!

E meu, e meu, e meu (Roberto & Erasmo) - Roberto Carlos(1968)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

"De mal pra pior"

De mal prá pior

Vai se ver e atrás do riso está morrendo de chorar,
E passando maus pedaços disfarçando que vai bem,
Não vai bem pra ser sincero, vai demal pra bem pior,
Vive sem pedir ajuda, e eu sei lá por que, pra que,

Mas no entanto pelos cantos, só faz lamentar-se e mal dizer,
Vai se ver pede tão pouco, entretanto, não achou,
Dos amores que esperava, só se perdeu desencontrou

Vive então se remoendo, mas por fora nem se vê
Se defende num sorriso pra disfarçar não sei o que


De mal pra pior (Pixinguinha & Herminio Belle de Carvalho) - Teca Calazans(1997)
clique aqui!

De mal pra pior (Pixinguinha & Herminio Bello de Carvalho) - Paulinho da Viola(1997)

domingo, 30 de agosto de 2009

"Cachorro viralata"

Cachorro viralata

Eu gosto muito de cachorro vagabundo
Que anda sozinho no mundo
Sem coleira e sem patrão
Gosto de cachorro de sarjeta
Que quando escuta a corneta
Sai atrás do batalhão

E por falar em cachorro
Sei que existe lá no morro
Um exemplar
Que muito embora não sambe
Os pés dos malandros lambe
Quando eles vão sambar
E quando o samba está findo
Vira-lata esta latindo a soluçar
Saudoso da batucada
Fica até de madrugada
Cheirando o pó do lugar

E até mesmo entre os caninos
Diferentes os destinos
Costumam ser
Uns têm jantar e almoço
E outros nem sequer um osso
De lambuja pra roer
E quando passa a carrocinha
A gente logo adivinha a conclusão
O vira-lata, coitado
Que não foi matriculado
Desta vez "virou"... sabão


Cachorro viralata (Alberto Ribeiro) - Carmen Miranda(1937)
clique aqui!

Cachorro viralata (Alberto Ribeiro) - Ney Matogrosso(1979)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

"Mulato bamba"

Mulato bamba

Esse mulato forte é do Salgueiro.
Passear no tintureiro é o seu esporte,
Já nasceu com sorte e desde pirralho
Vive às custas do baralho,
Nunca viu trabalho.
E quando tira um samba é novidade,
Quer no morro ou na cidade,
Ele sempre foi o bamba.
As morenas do lugar vivem a se lamentar
Por saber que ele não quer se apaixonar por mulher.

O mulato é de fato,
E sabe fazer frente a qualquer valente
Mas não quer saber de fita nem com mulher bonita.
Sei que ele anda agora aborrecido
Por que vive perseguido
Sempre, a toda hora
Ele vai-se embora
Para se livrar
Do feitiço e do azar
Das morenas de lá.

Eu sei que o morro inteiro vai sentir
Quando o mulato partir
Dando adeus para o Salgueiro.
As morenas vão chorar,
Vão pedir pra ele voltar
E ele não diz com desdém:
-Quem tudo quer, nada tem.


Mulato bamba (Noel Rosa) - Marcos Sacramento(2004)
clique aqui!

Mulato bamba (Noel Rosa) - Mario Reis(1960)

Mulato bamba (Noel Rosa) - Janaina Moreno ao vivo(2008)



A CANÇÃO CONTADA

Uma honrosa exceção ocorreu em 1931, quando Noel Rosa em sua "Mulato bamba" fez uma menção à homossexualidade de Madame Satã, histórico malandro brigão da Lapa. Milagrosamente, foi num tom bacana, sem preconceitos clique aqui!.

Extraído do livro "História Sexual da MPB - A evolução do sexo e do amor na canção brasileira", de Rodrigo Faour.

Alguns citam Mario Reis como parceiro de Noel Rosa neste samba.



quarta-feira, 26 de agosto de 2009

"Balanco zona sul"

Balanço zona sul

Balança toda pra andar
Balança até pra falar
Balança tanto que já balançou meu coração
Balance mesmo que é bom,
Do Leme até o Leblon
E vai juntando um punhado de gente
Que sofre com seu andar
Mas ande bem devagar
Que é pra não se cansar
Vai caminhando, balan balançando sem parar
Balance os cabelos seus7
Balance cai mas não cai
E se cair vai caindo, caindo
Nos braços meus


Balanco zona sul (Tito Madi) - Suellen(2003)
clique aqui!

Balanco zona sul (Tito Madi) - Wilson Simonal(1963)

Balanco zona sul (Tito Madi) - Glaucia Nasser ao vivo



A CANÇÃO CONTADA

Em 1964 eu já tinha formado um trio com os amigos Benê (no piano e flauta) e Nelsinho (contrabaixo). Ainda amadores e éramos cada vez mais requisitados para apresentações em colégios e festas. Surgiram os primeiros convites para apresentações na televisão e como conseqüência a pressão para nos profissionalizarmos aumentava. Inspirados pela minha vivência de samba e jazz no "Juão Sebastião Bar", mudamos o nome do conjunto para "Bossa Jazz Trio".

Algum tempo depois, fomos convidados a participar de um show no colégio Mackenzie, onde, entre várias revelações, apresentaram-se, no início de suas carreiras, Toquinho e Chico Buarque de Holanda. O show do Mackenzie foi um marco na história do Bossa Jazz Trio, pois foi lá, como resultado da nossa performance, que fomos convidados pelo produtor de discos do selo RGE/Fermata, Manoel Barenbein, a gravar nosso primeiro disco.

Gravamos "Balanço Zona Sul", de Tito Madi, em um compacto simples (eram discos com duas músicas que tocavam em 45 rpm) clique aqui!. Para nossa felicidade a música foi um sucesso de vendas, o que levou Barenbein a nos convidar para gravar um LP completo com 12 músicas. A canção "Balanço Zona Sul" foi relançada no CD O Melhor da Bossa nº 6, pela RGE Discos, em comemoração dos 30 anos de Bossa Nova.

"Depoimento do baterista da primeira formação do Bossa Jazz Trio"

sábado, 22 de agosto de 2009

"As aparencias enganam"

As aparências enganam

As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na fogueira das paixões
Os corações pegam fogo e depois não há nada que os apague
se a combustão os persegue, as labaredas e as brasas são
O alimento, o veneno, o pão, o vinho seco, a recordação
Dos tempos idos de comunhão, sonhos vividos de conviver
As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na geleira das paixões
Os corações viram gelo e, depois, não há nada que os degele
Se ha neve cobrindo a pele, vai esfriando por dentro o ser
Não há mais forma de se aquecer, não há mais tempo de se esquentar
Não há mais nada pra se fazer, senão chorar sob o cobertor
As aparências enganam, aos que gelam e aos que inflamam
Porque o fogo e o gelo se irmanam no outono das paixões
Os corações cortam lenha e, depois, se preparam pra outro inverno
Mas o verão que os unira, ainda, vive e transpira ali
Nos corpos juntos na lareira, na reticente primavera
No insistente perfume de alguma coisa chamada amor.


As aparencias enganam (Tunai & Sergio Natureza) - Bete Calligaris(2001)
clique aqui!

As aparencias enganam (Tunai & Sergio Natureza) - Keko Brandao & Sergio Natureza & Elis Regina(2005)

As aparencias enganam (Tunai & Sergio Natureza) - Elis Regina ao vivo(1980)



A CANÇÃO CONTADA

Outro momento vital para mim foi quando conheci a Elis - apresentada pelo João Bosco, a mim e ao Tunai no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro - depois quando fomos mostrar nossas primeiras parcerias para ela, no apartamento em que ela estava com o César Camargo Mariano no Arpoador, no Rio - quando ela cruzou comigo entre a sala e o banheiro e me disse que ia gravar música nossa e quando fomos (eu e o Tunai) assistir no Anhembi, em São Paulo, a estréia do show dela, "Essa mulher"(*) - no qual ela, pela primeira vez cantou, ao vivo, "As aparências enganam" - pensei que eu fosse explodir de tanta emoção - foi, sem dúvida alguma, o aval definitivo na minha (e do Tunai) carreira(s) artística(s). Mais tarde viemos a privar da amizade dela, ficando hospedados na sua casa da Cantareira (SP); eu trabalhei um ano como assessor de imprensa particular dela. Aprendi muito convivendo com ela.

Extraído de entrevista feita com Sergio Natureza, publicado no "Blog da Ava"

(*) No disco "Essa mulher", gravado por Elis Regina em 1979. clique aqui!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

"Viajante"

Viajante

Eu me sinto tolo como um viajante
Pela tua casa, pássaro sem asa, rei da covardia
E se guardo tanto essas emoções nessa caldeira fria
É que arde o medo onde o amor ardia
Mansidão no peito trazendo o respeito
Que eu queria tanto derrubar de vez
Pra ser teu talvez, pra ser teu talvez
Mas o viajante é talvez covarde
Ou talvez seja tarde pra gritar que arde no maior ardor
A paixão contida, retraída e nua
Correndo na sala ao te ver deitada
Ao te ver calada, ao te ver cansada, ao te ver no ar
Talvez esperando desse viajante
Algo que ele espera também receber
E quebrar as cercas com que insistimos em nos defender
Eu me sinto tolo como um viajante
Pela tua casa, pássaro sem asa, rei da covardia
E se guardo tanto essas emoções nessa caldeira fria
É que arde o medo onde o amor ardia
Mansidão no peito trazendo o respeito
Que eu queria tanto derrubar de vez
Pra ser teu talvez, pra ser teu talvez


Viajante (Thereza Tinoco) - Ney Matogrosso(1981)
clique aqui!

Viajante (Thereza Tinoco) - Thereza Tinoco(1990)

Viajante (Thereza Tinoco) - Ney Matogrosso

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

"Um gosto de sol"

Um gosto de sol

Alguém que vi de passagem
Numa cidade estrangeira
Lembrou os sonhos que eu tinha
E esqueci sobre a mesa
Como uma pêra se esquece
Dormindo numa fruteira
Como adormece o rio
Sonhando na carne da pêra
O sol na sombra se esquece
Dormindo numa cadeira

Alguém sorriu de passagem
Numa cidade estrangeira
Lembrou o riso que eu tinha
E esqueci entre os dentes
Como uma pêra se esquece
Sonhando numa fruteira


Um gosto de sol (Milton Nascimento & Ronaldo Bastos) - Equale(2004)
clique aqui!

Um gosto de sol (Milton Nascimento & Ronaldo Bastos) - Milton Nascimento(1972)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

"Teco-teco"

Teco-teco

Teco, teco, teco, teco, teco
Na bola de gude era o meu viver
Quando criança no meio da garotada
Com a sacola do lado
Só jogava p'rá valer
Não fazia roupa de boneca nem tão pouco convivia
Com as garotas do meu bairro que era natural
Subia em postes, soltava papagaio
Até meus quatorze anos era esse meu mal

Com a mania de garota folgazã
Em toda parte que passava
Encontrava um fã
Quando havia festa na capela do lugar
Era a primeira a ser chamada para ir cantar
Assim vivendo eu vi meu nome ser falado
Em todo canto, em todo lado
Até com quem nunca me viu
E hoje a minha grande alegria
É cantar com cortesia
Para o povo do Brasil


Teco-teco (Milton Villela & Pereira da Costa) - Ademilde Fonseca(1950)
clique aqui!

Teco-teco (Milton Villela & Pereira da Costa) - Gal Costa ao vivo(1997)

Teco-teco (Milton Villela & Pereira da Costa) - Grupo Chororosambo

"Serra da Boa Esperanca"

Serra da Boa Esperança

Serra da Boa Esperança,
Esperança que encerra
No coração do Brasil
Um punhado de terra
No coração de quem vai,
No coração de que vem,
Serra da Boa Esperança,
Meu último bem

Parto levando saudades,
Saudades deixando,
Murchas, caídas na serra,
Bem perto de Deus
Oh, minha serra,
Eis a hora do adeus
Vou-me enbora
Deixo a luz do olhar
No teu luar
Adeus!

Levo na minha cantiga
A imagem da serra
Sei que Jesus não castiga
Um poeta que erra
Nós, os poetas, erramos
Porque rimamos, também
Os nossos olhos nos olhos
De alguém que não vem

Serra da Boa Esperança,
Não tenhas receio,
Hei de guardar tua imagem
Com a graça de Deus!
Oh, minha serra,
Eis a hora do adeus,
Vou-me embora
Deixo a luz do olhar
No teu olhar
Adeus!


Serra da Boa Esperanca (Lamartine Babo) - Elizeth Cardoso & Silvio Caldas(1971)
clique aqui!

Serra da Boa Esperanca (Lamartine Babo) - Tete Espindola & Alzira Espindola(1998)

Serra da Boa Esperanca (Lamartine Babo) - Claudette Ferraz ao vivo(2008)



A CANÇÃO CONTADA

“Serra da Boa Esperança” é um samba-canção de 1937, composto por Lamartine Babo(1904-1963). Tanto a letra quanto a melodia foram compostas por Lamartine e é um exemplo bem expressivo de sua arte, em que o poeta e o compositor se igualam em competência e bom gosto.

Alguns poucos estudiosos dão crédito também a Carlos Neto (letra) na autoria da canção.

No início da década de 30 Lamartine Babo recebeu um carta da jovem Nair Oliveira Pimenta, uma mineira de Dores da Boa Esperança. Iniciou-se então um interesse mútuo e, com o passar do tempo, a troca de correspondências cresceu entre Lalá (apelido de Lamartine) e Nair. Juras de amor e poemas salpicavam a correspondência dos missivistas. Lamartine não agüentou a ansiedade e foi conhecer quem era sua musa sul mineira. Chegando à cidade, o susto. Nair era uma menina de 6 anos de idade.

Quem escrevera tais cartas então?

O dentista Carlos Alves Neto, irmão (existem referências que o colocam como tio) de Nair, assumiu: era ele quem mandava as cartas. Lalá sorriu amarelo, como quem mastigou pimenta achando que era pitanga, mas ficou na cidade e conheceu melhor Carlos Neto. Tornaram-se grandes amigos e há quem acredite que algo mais ali se passava ao ler as cartas que trocaram depois do ocorrido (“Sei que Jesus não castiga um poeta que erra”). A música começou a ser composta em Boa Esperança e veio a fazer grande sucesso nas vozes de Chico Viola (Francisco Alves) clique aqui! e Silvio Caldas.

Uma outra versão diz que a carta inicial pedia fotografias para um álbum de recordações. Lalá mandou as fotos e se correspondeu por um ano com a “fã apaixonada”, até que esta interrompeu as cartas porque iria se casar. Convidado, tempos depois, para ir à Boa Esperança por um dentista, Lalá se apressa para conhecer Nair - surpresa, não existia nenhuma Nair. Quem lhe escrevia era o próprio dentista, que colecionava fotos de celebridades, e viu essa forma como a única de conseguir o queria.

Um inspirado samba-canção, "Serra da Boa Esperança" mostrou-se propício a interpretações renovadoras, especialmente com criativas mudanças harmônicas, como a versão instrumental que lhe deram César Camargo Mariano e Wagner Tiso, em 1983, e a vocal de Eduardo Dusek, em 1984 clique aqui!, num reverente resgate.

Esteve presente na trilha sonora do filme “Cinema, Aspirinas e Urubus” (2005- Francisco Alves) e da novela “Éramos Seis (1977- Elizeth Cardoso e Silvio Caldas).

Extraído do site "Museu da Canção".


quarta-feira, 12 de agosto de 2009

"Reencontro"

Reencontro

Olá amor
Há quanto tempo eu não vi amor
Há quanto tempo eu não sentia amor
O teu perfume o teu encanto
Olá amor
A tanta gente eu perguntei por ti
Foi mesmo Deus quem me mandou aqui
Ao teu caminho ao teu encontro
Me amor, estou feliz por te rever assim
Será que o tempo te afastou de mim
Será que já não sou mais teu amor

Refrão
Meu amor
Esse encontro me tirou a paz
Pois me mostrou que eu te amo mais
Do que te amava antes


Reencontro (Luiz Ayrao & Toninho Lemos) - Luiz Ayrao(1976)
clique aqui!

Reencontro (Luiz Ayrao & Toninho Lemos) - Maria Thereza(1979)

domingo, 9 de agosto de 2009

"Quase"

Quase

Foi pensando em você,
que eu escrevi esta triste canção.
Foi pensando em você,
que é meu tormento e é minha paixão.
É neste verso, que eu quero dizer,
o amor profundo que eu sinto por você.

Seu olhar me fascina,
oh! como eu vivo a sofrer,
quase que eu disse, agora,
o seu nome, sem querer,
não quero que zombe, de nós,
toda esa gente.
É por sua causa, que eu estou
tão diferente...

Bem pertinho de mim, ele está,
me ouvindo cantar...
e, juntinho dele, eu estou,
morrendo de amor...


Quase (Mirabeau & Jorge Goncalves) - Carlos Alberto(1986)
clique aqui!

Quase (Mirabeau & Jorge Goncalves) - Carmen Costa(1963)

Quase (Mirabeau & Jorge Goncalves) - Aurea Martins ao vivo




A CANÇÃO CONTADA

O amor niteroiense de Carmen Costa

Carmen Madriaga, a supercantora Carmen Costa, que morreu aos 87 anos, teve íntimas relações com Niterói. Por cinco anos viveu um romance com o compositor Mirabeu Pinheiro (pai de Sinézia, sua única filha), capixaba que ainda criança veio viver na então capital fluminense, onde primeiro aprendeu o ofício de alfaiate e depois arranjou inspiração para compor obras de destaque na MPB. E onde morreu aos 67 anos, em 1991, meio no ostracismo.
Nos últimos anos de vida, tinha entre seus companheiros mais assíduos o jornalista Ivan Costa, falecido em 2006. Ivan era dos poucos niteroienses que reconheciam e reverenciavam Mirabeau nos bares do centro da cidade e tinha ("em offíssimo", como costumava dizer) uma informação que, por motivos óbvios, nunca teve tons de oficialidade: a de que Carmen Costa foi uma espécie de amor platônico de Ataulfo Alves. Como Carmen era apaixonada por Mirabeau, o autor de "Amélia" acabou sem chances.
Mas a paixão não correspondida teria provocado um dos duelos musicais mais admiráveis da MPB, gerando alguns sambas pra lá de antológicos. O mais cantado deles, de Ataulfo, é o "Pois é" ("Pois é, falaram tanto, que dessa vez a morena foi embora..."). A morena em off na letra de Ataulfo era, claro, Carmen Costa. Tanto, que Mirabeau contra-atacou em on, com "A morena sou eu", gravada pela própria. Ivan, cujo sobrenome nada tinha a ver com o da cantora, foi dos poucos jornalistas a ouvir essa história do próprio Mirabeau.
Fluminense de Trajano de Moraes, Carmen conheceu Mirabeau no início dos anos 50. A cantora vinha de um casamento fracassado com um americano e acabou se contentando em ser a outra na vida do compositor. No livro "A Outra: um estudo antropológico sobre a identidade da amante do homem casado", publicado em 1990 pela antropóloga Mirian Goldenberg, há um depoimento lúcido e sofrido de Carmen sobre sua convivência com o compositor niteroiense. Uma confissão de amor que, entre outras coisas, mostra que a Ataulfo só restava mesmo o plano platônico.
Leia o que Carmen revelou a Mirian sobre Mirabeau:
"Conheci Mirabeau em 1952 na boate Mocambo, na rua Prado Júnior, em Copacabana (zona sul do Rio). Ele cantava e tocava bateria. Ouvi e gostei de suas composições "Cachaça não é água" e "Quase" . Naquela época eu estava muito só. Fui casada 11 anos com um americano, mas me separei em 1945. Eu e Mirabeau começamos a andar juntos por toda parte, até que fiquei grávida. Ele era casado e na época tinha uma filha. Quando nasceu seu segundo filho (*) fui arranjar o dinheiro do parto, com Ataulfo Alves. Sua mulher aparecia para falar comigo e me chamava de vagabunda, mas eu tinha a cabeça erguida. Era independente, ganhava meu dinheiro. E ela só queria o dinheiro dele. Hoje canto suas músicas e os direitos autorais vão todos para ela. Chegamos a morar juntos, só que nosso amor foi minguando. Nossa história foi dura e difícil. Só não fomos mais felizes porque ele era casado. Tivemos uma filha, Sinézia, que está com 43 anos. Recebi a música "Eu sou a outra" pelo telefone, porque algumas pessoas sabiam do nosso caso. Hoje ainda é um sucesso, que deu coragem para as outras aparecerem. Naquela época era mais sossegado que hoje, não havia tanta fofoca. Os que sabiam me censuravam. Mirabeau não tinha coragem de se separar, mas chegou a pensar em se casar comigo no Uruguai, só que sua mulher não assinava o divórcio. Acabamos brigando e eu fui para os Estados Unidos procurar meu primeiro marido, em 1959, voltei ao Brasil no ano seguinte. Passei a não aceitar duas vidas, não queria mais me dividir, viver um amor partido. Durante muito tempo mantivemos correspondência, mas a atração de corpo acabou. Faria tudo de novo, mas ia exigir mais. Acho que ele faz muita falta, principalmente como compositor".
Em tempo I
"Eu sou a outra" ("Ele é casado, eu sou a outra na vida dele..."), parte cantada da biografia de Carmen Costa, é obra do jornalista e compositor Ricardo Galeno.
Em tempo II
Elegante sempre, Ataulfo Alves resolveu ele próprio registrar em disco as músicas, inclusive a composta por Mirabeau, em torno de Carmen Costa. Estão todas num pot-pouri de oito minutos que abre o LP "Eternamente Samba", gravado pela Polygram em 1966. A própria Carmen participou das gravações, junto com Ataulfo Alves Jr.
Extraído do blog do jornalista “Ancelmo Gois” enviado por Perin, de Niterói.
Esta postagem, eu dedico, hoje, “Dia dos Pais”, aos queridos amigos Ivan Costa (falecido), Floriano Carvalho, José Américo Honorato (Meca), Áurea Martins e Mirabeau Pinheiro Neto (*) (filho do compositor) que compartilham, comigo, histórias como esta.

"Paraquedista"

Paraquedista

Você me disse que dançava
E no choro era o tal
Paraquedista apareceu
E logo lhe deixou mal
Agora fica reclamando
Que dançou sem conhecer
Um choro bem gostoso
Que obriga o corpinho a mexer
Vou pedir para dar o bis
Quero ver você dançar
Um choro bem gostoso
Que é mesmo de amargar
Olha o moço na viola
e o bis vai executar
Vamo nego, tira a dama
Que o choro vai começar


Paraquedista (Jose Leocadio) - Britinho(1955)
clique aqui!

Paraquedista (Jose Leocadio) - Carmina Juarez(1996)


A CANÇÃO CONTADA

Em 1937, José Leocádio ingressou na Orquestra Tabajara de Severino Araújo, participando da primeira formação dessa importante orquestra brasileira, com a qual fez dezenas de apresentações além de gravação de discos. Em 1946, seu choro "Paraquedista" foi lançado pela Orquestra em gravação Continental, em versão instrumental com destaque para seu solo de trombone em conjunto com o sax-tenor de Zé Bodega. Esse choro tornou-se seu grande êxito como compositor, sendo regravado no mesmo ano por Jorge Veiga.

Extraído do “Dicionário Cravo Albin”

Em 1959, a Orquestra Tabajara fez nova gravação. clique aqui!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

"O cio da terra"

O cio da terra

Debulhar o trigo
Recolher cada bago do trigo
Forjar no trigo o milagre do pão
E se fartar de pão.

Decepar a cana
Recolher a garapa da cana
Roubar da cana a doçura do mel
Se lambuzar de mel

Afagar a terra
Conhecer os desejos da terra
Cio da terra, propícia estação
E fecundar o chão


O cio da terra (Milton Nascimento & Chico Buarque) - Lux Profana(1994)
clique aqui!

O cio da terra (Milton Nascimento & Chico Buarque) - Quarteto em Cy(1991)

O cio da terra (Milton Nascimento & Chico Buarque) - Milton Nascimento & Chico Buarque

terça-feira, 4 de agosto de 2009

"Na rua, na chuva, na fazenda" ou "Casinha de sape"

Na rua, na chuva, na fazenda

Não estou disposto
A esquecer seu rosto
De vez
E acho que é tão normal
Dizem que sou louco
Por eu ter um gosto assim
Gostar de quem não gosta de mim
Jogue suas mãos para o céu
E agradeça se acaso tiver
Alguém que você gostaria que
Estivesse sempre com você
Na rua, na chuva, na fazenda
Ou numa casinha de sapê


Na rua, na chuva, na fazenda ou Casinha de sape (Hyldon) - Hyldon(1975)
clique aqui!

Na rua, na chuva, na fazenda ou Casinha de sape (Hyldon) - Kid Abelha(1997)

Na rua, na chuva, na fazenda ou Casinha de sape (Hyldon) - Kid Abelha & Lenine ao vivo

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

"Malvina"

Malvina

MALVINA, VOCÊ NÃO VAI ME ABANDONAR,
NÃO PODE, SEM VOCÊ COMO É QUE EU VOU FICAR.
MALVINA, VOCÊ NÃO VAI ME ABANDONAR,
NÃO PODE, SEM VOCÊ COMO É QUE EU VOU FICAR.

TÁ FAZENDO MAIS DE DEZ ANOS
QUE NÓIS ESTEMOS JUNTOS
E DAQUI VOCÊ NÃO SAI
MINHA VIDA SEM VOCÊ NÃO VAI
MINHA VIDA SEM VOCÊ NÃO VAI


Malvina (Adoniran Barbosa) - Adoniran Barbosa(1975)
clique aqui!

Malvina (Adoniran Barbosa) - Demonios da Garoa(1951)

Malvina (Adoniran Barbosa) - Samba do Gole ao vivo



A CANÇÃO CONTADA

“Malvina” de Adoniran Barbosa, consagrou os Demônios da Garoa com o título de “Campeão do Carnaval de 1951” no concurso de músicas do carnaval paulista, promovido pelaFolha da Tarde” em conjunto com a lojaRádios Assunção Ltda”, pela música campeã do carnaval de 1951, com base na votação popular e na vendagem de discos, que conquistou o primeiro lugar com 20 pontos.

Começava ali uma das uniões musicais mais famosas da música brasileira; a dos "Demônios" com Adoniran.

domingo, 2 de agosto de 2009

"Lavadeira do rio"

Lavadeira do rio

A lavadeira do rio, muito lençol pra lavar
Fica faltando uma saia quando o sabão se acabar
Mas corra pra beira da praia, veja a espuma brilhar
Ouça o barulho bravio das ondas que batem na beira do mar
Ouça o barulho bravio das ondas que batem na beira do mar
O vento soprou, a folha caiu, cadê meu amor, que a noite chegou fazendo frio
O vento soprou, a folha caiu, cadê meu amor, que a noite chegou fazendo frio
Oh, Rita, tu sai da janela, deixa esse moço passar
Quem não é rica e é bela não pode se descuidar
Ah, Rita, tu sai da janela que as moça desse lugar
Nem se demora donzela nem se destina a casar
Nem se demora donzela nem se destina a casar
O vento soprou, a folha caiu, cadê meu amor, que a noite chegou fazendo frio
O vento soprou, a folha caiu, cadê meu amor, que a noite chegou fazendo frio
Ah, lavadeira do rio, muito lençol pra lavar
Fica faltando uma saia quando o sabão se acabar
Mas corra pra beira da praia, veja a espuma brilhar
Ouça o barulho bravio das ondas que batem na beira do mar
Ouça o barulho bravio das ondas que batem na beira do mar
O vento soprou, a folha caiu, cadê meu amor, que a noite chegou fazendo frio
O vento soprou, a folha caiu, cadê meu amor, que a noite chegou fazendo frio


Lavadeira do rio (Braulio Tavares & Lenine) - Elba Ramalho(1998)
clique aqui!

Lavadeira do rio (Braulio Tavares & Lenine) - Lenine(2002)

Lavadeira do rio (Braulio Tavares & Lenine) - Maria Rita ao vivo

sábado, 1 de agosto de 2009

"Ja e madrugada"

Ja e madrugada (Rubens Campos & Henricao) - Carmen Costa(1943)
clique aqui!

Ja e madrugada (Rubens Campos & Henricao) - Henricao(1980)