Um sou eu, o outro eu não sei quem é
Ele sofreu pra usar colarinho em pé
Ele sofreu pra usar colarinho em pé
Vocês não sabem quem é ele? Pois eu vos digo!
Vocês não sabem quem é ele? Pois eu vos digo!
Ele é um cabra muito feio
Que fala sem receio, sem medo de perigo
Ele é um cabra muito feio
Que fala sem receio, sem medo de perigo
Um sou eu, o outro eu não sei quem é
Um sou eu, o outro eu não sei quem é
Ele sofreu pra usar colarinho em pé
Ele sofreu pra usar colarinho em pé
Ele é alto, magro e feio, é desdentado
Ele é alto, magro e feio, é desdentado
Ele fala do mundo inteiro, e já tá avacalhado aqui no Rio de Janeiro
Ele fala do mundo inteiro, e já tá avacalhado aqui no Rio de Janeiro
Pela repercussão alcançada no carnaval de 1919, “Já te digo” projetou Pixinguinha como compositor. Com uma forma musical mais definida do que a maioria criada por seus contemporâneos, ele extravasava em suas composições um conhecimento teórico de música superior. “Já te digo” tem a forma A-B-A-C-A-D-A, sendo que cada grupo de quatro compassos é repetido sempre ao longo de cada segmento. A composição é ainda o primeiro exemplo da extraordinária capacidade de Pixinguinha de prender ouvinte já na introdução, um primor neste caso. Mais tarde, como arranjador de música alheia, isso se repetiria constantemente. Por coincidência, “Já te digo” e “Quem são eles” foram lançados por um mesmo cantor, o Baiano da Casa Edison clique aqui!
Extraído do site “Recordando a MPB”
2 comentários:
Muito bom - e ainda tenho que ouvir que a musica dos anos 10/20/30 era sonolenta - dependendo da camada social os andamentos sempre se alternavam. E via Pixinguinha.
Digo viva!!! Pixinguinha, danado de talentoso!!!!
Postar um comentário