Lata d'agua
Lata d'água na cabeça
Lá vai Maria
Lá vai Maria
Sobe o morro e não se cansa
pela mão leva a criança
Lá vai Maria
Maria, lava roupa lá no alto
lutando, pelo pão de cada dia
sonhando, com a vida do asfalto
que acaba, onde o morro principia.
Lata d'agua (Luiz Antonio & J. Junior) - Marlene(1952)
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Lata d'agua (Luiz Antonio & J. Junior) - Revista do Samba(2003)
Lata d'agua (Luiz Antonio & J. Junior) - Coral Cenico Unisul da Grande Florianopolis
A CANÇÃO CONTADA
Usando linguagem cinematográfica, Luis Antonio e Jota Júnior oferecem um flagrante da vida de uma lavadeira do morro no samba "Lata d'Água": "Lata d'água na cabeça / lá vai Maria / lá vai Maria / sobe o morro não se cansa / pela mão leva criança / lá vai Maria". E arrematam a letra contrapondo a dura realidade da favelada ( "Maria lava roupa lá no alto / lutando pelo pão de cada dia...") ao sonho de uma vida melhor no asfalto ("que acaba onde o morro principia").
Uma das raras duplas de talento formadas nos anos cinqüenta para se dedicar ao repertório carnavalesco, Luís Antônio (Antônio de Pádua Vieira da Costa) e Jota Júnior (Joaquim Antônio Candeias Júnior) já tinham feito sucesso no ano anterior com o samba "Sapato de pobre", cantado por Marlene. Na ocasião, capitães do Exército, servindo na Escola Especializada da Academia Militar, os dois passavam diariamente por um morro ao pé do qual uma bica d'água servia aos moradores. A inspiração nasceria ao verem a cena que descreveram na composição: uma crioula barriguda equilibrando uma lata na cabeça, enquanto levava uma criança.
Dias depois, devidamente abastecidos de siri e cachaça, trabalharam no apartamento de Luís Antônio, registrando o samba num gravador de fio. A princípio, Marlene nem queria ouvir "Lata d'Água", não acreditando num repeteco do êxito anterior. Mudou, porém de opinião ao ouvi-la, levando-a ao sucesso no carnaval de 52, em disco que tem arranjo de Radames Gnattali.
“Extraído do blog CIFRANTIGA”
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