O bonde
Corre no meio da praça 
Sem sonho e sem graça 
sem Ter mais pra onde ou por que 
já que esse bonde não passa 
ninguém mais espera 
quem dera eu pudesse entender 
vira brinquedo sem dono 
que o próprio abandono 
correndo no tempo desfaz 
fora de linha e de moda 
não passa, não corre 
não leva mais 
quem não quiser chorar 
finja que vai partir 
tome lugar no bonde 
não peça que ande 
nem diga por onde seguir 
lembre que só depois 
quando chegar ao fim 
mesmo sem brilho e sem glória 
haverá sua história contada assim 
passa em seu passo tranquilo e cansado 
de quem já sabe de cor seu destino 
pára, suspira e prossegue 
vai percorrendo ( ) de sua rotina 
de sempre ir chegando e partindo 
por um caminho traçado no chão 
cantando contente tin tin tin 
chega ao ponto final 
vem companheiro e confessa 
que o bonde sem pressa 
chegava depressa demais 
quem não achava o dinheiro 
saltava ligeiro ( ... ) de trás 
corre no meu pensamento 
transforma em cantiga 
momentos que foram talvez 
e hoje quem passa nem liga 
nem pensa em dizer adeus.
 
 
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