Os sertões
Marcados pela própria natureza
O Nordeste do meu Brasil
Oh! Solitário sertão
De sofrimento e solidão
A terra e seca
Mal se pode cultivar
Morrem as plantas e foge o ar
A vida e triste nesse lugar
Sertanejo e forte
Supera miséria sem fim
Sertanejo homem forte
Dizia o Poeta assim
Foi no século passado
No interior da Bahia
O Homem revoltado com a sorte
do mundo em que vivia
Ocultou-se no sertão
espalhando a rebeldia
Se revoltando contra a lei
Que a sociedade oferecia
Os Jagunços lutaram
Ate o final
Defendendo canudos
Naquela guerra fatal
O Nordeste do meu Brasil
Oh! Solitário sertão
De sofrimento e solidão
A terra e seca
Mal se pode cultivar
Morrem as plantas e foge o ar
A vida e triste nesse lugar
Sertanejo e forte
Supera miséria sem fim
Sertanejo homem forte
Dizia o Poeta assim
Foi no século passado
No interior da Bahia
O Homem revoltado com a sorte
do mundo em que vivia
Ocultou-se no sertão
espalhando a rebeldia
Se revoltando contra a lei
Que a sociedade oferecia
Os Jagunços lutaram
Ate o final
Defendendo canudos
Naquela guerra fatal
Os sertoes (Edeor de Paulo) - Fagner em Em Cima da Hora 76(1997)
A CANÇÃO CONTADA
Roberto Ferreira, ex-repórter do Globo e do JB, tinha um mecânico de confiança para seu possante. Um negão boa gente que atendia no Leme, chamado Edeor de Paula. O cara era também compositor e no ano de 1976 tinha prontas letra e música do samba-enredo para sua escola de coração, a Em Cima da Hora. A melodia estava nos trinques, mas a letra precisava de uma guaribadazinha. Chegou ao cliente, o tal jornalista, e pediu ajuda no português. Roberto ficou encantado com o samba, realmente uma obra-prima, e mexeu um pouco aqui, um pouco ali, no português, sugerindo poucas mudanças. Edeor de Paula aceitou quase todas, menos uma.
– Edeor, não fica bem essa história de “guerra fatal”. Toda guerra é fatal. Por que não muda para “guerra final”?
– Não dá, Roberto. Eu ia ter que mexer no verso anterior, que ficou bom.
– E ficou mesmo. Mas é só dar uma mexidinha que você resolve. E cantarolou “Os jagunços lutaram/ até o final/ defendendo Canudos/ naquela guerra fatal”. Cacilda, não ficou bom assim.
Edeor nem tentou. Disse que o povo ia gostar assim mesmo.
E o povo gostou tanto de “Os Sertões” que é considerado um dos clássicos do samba-enredo.
Edeor chegou a insinuar que o jornalista poderia ser seu parceiro. Roberto não topou, achou que seria sacanagem e ainda acha até hoje.
Os autores de samba-enredo, hoje em dia, são quase sempre dois ou três sambistas, se tanto. Mas sempre entram mais cinco ou seis na parceria, seja por terem acrescentado um “ôôô”, por serem protegidos do diretor ou do patrono da escola.
– Edeor, não fica bem essa história de “guerra fatal”. Toda guerra é fatal. Por que não muda para “guerra final”?
– Não dá, Roberto. Eu ia ter que mexer no verso anterior, que ficou bom.
– E ficou mesmo. Mas é só dar uma mexidinha que você resolve. E cantarolou “Os jagunços lutaram/ até o final/ defendendo Canudos/ naquela guerra fatal”. Cacilda, não ficou bom assim.
Edeor nem tentou. Disse que o povo ia gostar assim mesmo.
E o povo gostou tanto de “Os Sertões” que é considerado um dos clássicos do samba-enredo.
Edeor chegou a insinuar que o jornalista poderia ser seu parceiro. Roberto não topou, achou que seria sacanagem e ainda acha até hoje.
Os autores de samba-enredo, hoje em dia, são quase sempre dois ou três sambistas, se tanto. Mas sempre entram mais cinco ou seis na parceria, seja por terem acrescentado um “ôôô”, por serem protegidos do diretor ou do patrono da escola.
Extraído do blog http://quemevivo.blogspot.com do jornalista José Sergio Rocha
Os sertoes (Edeor de Paula) - Sambalanco
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