Jogo de Angola
No tempo em que o negro chegava fechado em gaiola,
Nasceu no Brasil, Quilombo e Quilombola.
E todo dia, negro fugia juntando a curriola.
De estalo de açoite, de ponta de faca e zunido de bala
Negro voltava pra Angola, no meio da senzala.
E ao som do tambor primitivo, berimbau, maraca e viola
Negro grita: Abre ala! vai ter jogo de Angola
Perna de brigar, camará; Perna de brigar olê.
Ferro de furar, camará; Ferro de furar olê.
Arma de atirar camará; Arma de atirar olê olê
Dança Guerreira
Corpo do negro é de mola na capoeira
Negro embola e desembola
E a dança que era uma festa pro dono da terra
Virou a principal defesa do negro na guerra.
Pelo que se chamou libertação
E por toda força, coragem e rebeldia
Louvado será todo dia
que esse povo cantar e lembrar o jogo de Angola
da escravidão no Brasil
Perna de brigar, camará; Perna de brigar olê.
Ferro de furar, camará; Ferro de furar olê.
Arma de atirar camará; Arma de atirar olê olê
Jogo de Angola (Mauro Duarte & Paulo Cesar Pinheiro) - Clara Nunes(1978)
http://www.mediafire.com/?em5nu2bnwgy
Jogo de Angola (Mauro Duarte & Paulo Cesar Pinheiro) - Mauro Duarte & Paulo Cesar Pinheiro(1980)
http://www.mediafire.com/?dmvgt1sq1gz
domingo, 7 de outubro de 2007
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